Seu repertório é feito de composições próprias. Alguns temas caminham por ambientes como a balada, a bossa nova, o jazz moderno, o samba e o groove, entretanto a maioria das obras musicais compostas pelo duo não se enquadraram em gêneros e estilos musicais já formatados e difundidos. Algumas peças trazem elementos experimentais e são criadas no momento da sua execução através de jogos de improvisação ou partes literalmente livres.
A diversidade timbrística é uma das características mais marcantes do duo. Cada guitarra possui uma sonoridade muito peculiar. Enquanto Rodrigo Chenta prioriza a utilização do som acústico de seu instrumento, Ivan Barasnevicius dá mais ênfase ao som do amplificador. Outra característica marcante é o formato não-standard, adotado tanto nas composições como na maneira de interpretar e improvisar de ambos os músicos.
Rodrigo Chenta e Ivan Barasnevicius fazem os arranjos de forma coletiva e mostram como conseguem um notório entrosamento tanto musical como no âmbito das propostas artísticas.
Gravaram em 2015 o seu primeiro CD autoral intitulado "Novos Caminhos" que teve grande apreço da crítica especializada. Este trabalho traz peças escritas especificamente para a referida formação instrumental e adaptações com belos arranjos para temas compostos anteriormente.
Em 2016, lançaram o álbum "Antítese", que além de aprofundar algumas propostas do primeiro trabalho, como a diversidade de timbres e o formato não-standard, também percorre novos caminhos ao trazer tanto canções com influências da música mineira dos anos 1970 e do rock, como também novas interações através de jogos de improvisação e técnicas contrapontísticas.
Em 2017, gravaram o EP "Standards?" com duas releituras de famosos temas de standards de jazz onde exploraram formas de acompanhamentos inusitados aliados a um caráter lúdico em diversos momentos das improvisações.
No mesmo ano lançam o álbum "Volume III", onde exploraram a forma de suíte com diversos movimentos, assim como o uso de contraponto, afinações não convencionais e a influência violonística para os acompanhamentos.
Em 2018, lançam o álbum "Simplicidade", onde buscam, como o título sugere, o elementar nos arranjos, além de mais alguns conceitos presentes nos trabalhos anteriores, como afinações alternativas, técnicas extendidas e a forma suíte.
No mesmo ano lançam o álbum “Guitarra Preparada”, utilizando o conceito de John Cage sobre o instrumento preparado. Através da música espontânea criam timbres inusitados com o uso de objetos diversos na preparação das guitarras.
Em 2019 sai o álbum “Cedro”, trabalho com violões de 7 cordas de nylon. Com afinações variadas, desenvolvem uma linguagem própria nas composições e no jeito de tocar, misturando técnicas convencionais com outras mais comuns na guitarra elétrica.
No mesmo ano lançam o álbum “Ballads” que conforme o título sugere aborda somente este gênero musical. Metade das músicas são obras escritas e a outra metade aborda baladas literalmente expontâneas onde apenas alguns elementos são unificadores.
No ano de 2021, lançam o álbum "Bricolagem". Neste trabalho, todas as músicas foram compostas em parceria e usando o método que dá nome ao álbum. Esta palavra é usada tanto com o sentido de "faça você mesmo", como, principalmente, com a ideia de montagem e combinação de elementos não necessariamente relacionados. Várias técnicas da música especulativa do século XX foram usadas, tais como dilacerações verticais (altura) e horizontais (tempo), phasing/phase shift, e outras mais.
Em 2022, lançam o álbum "Jazz a la carte", onde retomam as guitarras acústicas com releituras de standards do Jazz na linguagem inovadora do Duo.
Em 2023 publicam o álbum "Violão Preparado", que da mesma forma que o álbum "Guitarra Preparada", abordou os instrumentos de forma inovadora com a música espontânea.
Entre 2022 e 2023 são lançadas novas versões de alguns dos trabalhos anteriores, como o EP "Standards?" e os álbuns "Volume III", "Antítese" e "Novos Caminhos", agora porém com nova mixagem e masterização, o que trouxe um salto de qualidade para o tratamento das primeiras gravações do Duo.
Em 2024 lançam os álbuns "10 anos - Parte1" e "10 anos - Parte 2". Este lançamento duplo é comemorativo de uma década de existência do duo, e onde são encontradas versões alternativas para composições lançadas nos três primeiros trabalhos, entre 2015 e 2017, e que não foram publicadas anteriormente.